Rotas dos Azulejos - Gilberto Renda
GERAL 64 VIII · AÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO Teoricamente, quando se procede ao restauro de uma peça ou conjunto, nenhuma parte original deve ser removida. Caso não seja de todo possível evitar a remoção, deve-se reduzir ao mínimo indispensável a remoção de partes originais. Da mesma forma, só devem ser adicionados materiais ou elementos não originais na medida do estritamente necessário. Sempre que possível deve ser mantida a decoração original (incisões, pinturas, revestimentos metálicos ou outros, embutidos, etc.). Em geral, todos os materiais e partes não originais devem poder ser removidos sem que esta ação afete a integridade da peça original. Sempre que possível deve-se ter em mente a reversibilidade dos materiais e intervenções. As intervenções de conservação e restauro devem ser totalmente documentadas (estado de conservação, ações desenvolvidas, estado após intervenção, intervenientes, fichas de produto, etc.) PRINCÍPIOS DE INTERVENÇÃO MÍNIMA No que respeita à preservação dos azulejos têm sido desenvolvidas ações de conservação e restauro adotando metodologias e técnicas definidas para trabalhos desta natureza, desde o registo da situação existente, remoção de argamassas, dessalinização, consolidações, estabilizações, colagens e reintegrações cromáticas. Nos painéis mais danificados, por força da forte presença de humidade no suporte, opta-se, por vezes, por fazer o seu assentamento num suporte móvel, evitando o contacto com a parede e, consequentemente, a migração de sais para os azulejos ou até por recorrer à manufatura de réplicas.
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