Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO

CARATERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES LINHA DO MINHO Uma década após a inauguração do primeiro troço de caminho-de-ferro em Portugal, o Governo atendendo às pressões feitas pelas populações das províncias do Norte para dotar essa zona do país com meios de transporte que respondessem às necessidades das populações e das atividades económicas por elas desenvolvidas, manda por decreto de 14 de junho de 1872, proceder à construção de um caminho-de-ferro que, partindo do Porto, fosse a Braga e à fronteira de Espanha na Galiza. O Ministério das Obras Públicas Comércio e Indústria nomeou, em 1872, diretor da construção do Caminho de Ferro do Minho o engenheiro João Joaquim de Matos que elaborou o projeto definitivo a partir dos estudos dos engenheiros Aguiar, Sousa Brandão e Brito Taborda A inauguração dos trabalhos de construção fez-se em 08 de julho de 1872, e em menos de um ano, o Governo teve que recorrer à emissão de obrigações para conseguir o capital necessário à continuação dos mesmos. Num território densamente povoado como o Minho, a localização das estações e suas dependências, apresentava-se de difícil resolução. As estações foram classificadas em 4 classes, sendo de 1ª classe as estações terminais do Porto e Braga. Seguiam-se Rio Tinto, Ermesinde (estação de entroncamento com a Linha do Douro), São Romão de Coronado, Lousado, Vila Nova de Famalicão, Nine, (entroncamento para o Ramal de Braga e para a Fronteira) e Tadim. Apesar do projeto se encontrar definido desde 1868, a linha só é inaugurada em 1875 devido às dificuldades financeiras do Tesouro nos finais dos anos 60, do séc. XIX. A partir de 1927, a rede ferroviária do Estado onde se inclui a Linha do Minho, foi arrendada à CP - Companhia dos Caminhos-de-ferro Portugueses, SARL. Em 1947, decorrente das bases da Lei 2008, a Lei da Coordenação dos Transportes Terrestres, executou-se a Concessão Única e inicia-se um novo ciclo com investimentos na modernização, introdução da tração diesel e planificação da eletrificação da rede em corrente alterna. É, no entanto, no século XXI que se assiste à inauguração da modernização com a duplicação e eletrificação da via, supressão de todas as passagens de nível, bem como a construção de novas estações e apeadeiros. Projetado e construído atravessando vales, campos de milho, produções de vinho e uma malha de povoações densas, foi neste território com tradições vincadas que engenheiros portugueses traçaram um caminho-de-ferro protagonizando uma história de progresso e civilização. CRONOLOGIA BREVE 1856-10-28 · Inauguração do caminho‑de-ferro em Portugal – abertura do troço Lisboa/Carregado. 1872-06-14 · Decreto mandando proceder à construção do Caminho de Ferro do Porto à Galiza por Braga e Viana do Castelo, Linha do Minho, e aos estudos do Vale de Sousa por Penafiel até ao Pinhão, Linha do Douro. 1872-07-08 · Inauguração dos trabalhos de construção da Linha do Minho. 1873-09-02 · Portaria encarregando a Direção dos Caminhos de Ferro do Minho a construir a estação do Porto, comum às Linhas do Norte, do Minho e Douro. 1875-05-21 · Abertura à exploração pública do troço entre Campanhã e Nine na Linha do Minho. 1876-09-02 · Aprovado o contrato de adjudicação da construção das pontes ferroviárias do Cávado, Neiva e Lima. 1876-10-31 · Contrato com a casa G.

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