Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO

Na sequência do programa de modernização e reconversão do caminho de ferro, a CP em 1968 assina um contrato com a Siderurgia Nacional, Cometna, Metalúrgica Duarte Ferreira, Somafel, Somapre, André Borie e Société des Entreprises A. Déhé & C., para renovação integral da via (RIV). Com uma importante participação da indústria nacional, constituiu o maior investimento jamais realizado nos caminhos de ferro, com importâncias acima de um milhão de contos, privilegiando o eixo Lisboa – Braga e com a reaplicação de carris na rede secundária. A RIV, executada posteriormente à eletrificação, acarretou a permanência de traçados que só nos anos 90 começaram a ser retificados, com as obras de modernização da Linha do Norte. Estas, entregues a um consórcio de empresas integrando a Somafel, Ferrovias, Soares da Costa, Teixeira Duarte, Mota & Companhia, Engil, Adriano, Cegelec, Efacec e Sirti Portugal, foram obras de modernização das quais fazem parte a quadruplicação de via, renovação de catenária, construção de estações e apeadeiros e eliminação de Passagens de nível. Após a sua conclusão e com a instalação de novos sistemas de sinalização e de telecomunicações, a via fica preparada para atingir velocidades de circulação até 220 km/hora. CRONOLOGIA BREVE 1852-08-30 · Decreto que autoriza o Governo a construir um caminho‑de‑ferro entre o Porto e a linha-férrea de Lisboa à fronteira de Espanha, denominado Caminho de Ferro do Norte. 1853-05-07 · Inauguração oficial dos trabalhos na Linha de Leste; a construção só se iniciaria verdadeiramente em 17 de setembro. 1856-10-28 · Abertura à exploração pública do troço entre Lisboa e Carregado na Linha do Leste, na bitola de 1,44 m e inauguração do caminho-de-ferro em Portugal. 1857-06-04 · Carta de Lei que autoriza o Governo a estabelecer contrato com a Companhia representada por Sir Morton Petto para a construção do Caminho de Ferro do Norte e a rescindir o contrato feito com a Companhia Central Peninsular Caminho de Ferro em Portugal para a Linha Lisboa-Santarém. 1859-07-30 · Decreto abrindo concurso para continuação da construção e exploração do Caminho de Ferro do Norte e Leste. 1859-09-14 · Contrato com D. José de Salamanca para a construção e exploração do Caminho de Ferro do Leste e Norte. 1 860-10-13 · Escritura de cessão e trespasse das Linhas do Leste e Norte pelo concessionário D. José de Salamanca à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. 1862-05-05 · Portaria que aprova o projeto da estação de Lisboa dos Caminhos de Ferro de Leste e Norte. 1862-11-19 · Abertura à exploração pública Estarreja e Gaia – provisoriamente. 1863-06-08 · Abertura à exploração pública Estarreja e Gaia – definitivamente. 1864-04-10 · Abertura à exploração pública entre Taveiro e Estarreja. 1864-07-07 · Abertura à exploração publica entre Soure e Taveiro. 1864-08-27 · O governo nomeia o engenheiro Pedro Inácio Lopes para colaborar na realização dos estudos das vias-férreas do Porto a Braga e do Douro até à fronteira. 1865-05-01 · Inauguração da estação principal de Caminho de Ferro do Leste e Norte (Lisboa – Santa Apolónia). 1865-06-25 · A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses inicia o serviço de exploração das Linhas do Leste e Norte, que até esta data eram exploradas pela Empresa Construtora. 1865-09-26 · É aprovado o Regulamento de Sinais para as linhas do Leste e Norte. 1865-11-27 · Contrato entre D. José de Salamanca e o Governo para a construção da 5ª secção – Gaia – Porto, da Linha do Norte. 1871-05-03 · Estabelece-se a existência de livros de reclamação nas estações do Caminho de Ferro do Leste e Norte. 1873-09-02 · Portaria encarregando a Companhia dos Caminhos de Ferro do Minho da construção da estação do Porto, comum aos Caminhos de Ferro do Norte, do Minho e Douro.

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