Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO

RAMAL DA LOUSÃ O ramal de Coimbra à Lousã constitui a primeira secção de um ramal de via reduzida de Coimbra a Arganil atribuída em 10 de setembro de 1877 à Firma Fonsecas, Santos & Viana. Pelo alvará de 08 de novembro de 1888 foi organizada a Companhia do Caminho de Ferro do Mondego responsável pela construção e foi concedida a autorização para alterar a bitola da via para 1,67 m. O projeto definitivo da linha foi aprovado pela Portaria de 11 de janeiro de 1889. No entanto, as dificuldades financeiras e problemas com o empreiteiro conduziram à interrupção dos trabalhos, sendo a Companhia obrigada a suspender os pagamentos, suspensão autorizada por sentença do Tribunal do Comércio de Lisboa, em 24 de outubro de 1895. O mesmo tribunal, em 18 de fevereiro 1897, decretou a falência da Companhia, passando a gerência da mesma a ser exercida pelo Conselho Fiscal. A Companhia negociou um acordo com o empreiteiro, com os credores e com a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses para a conclusão e exploração da linha, assinando um contrato com a Companhia real em 22 de novembro de 1904. Em 16 de Dezembro de 1906, a Companhia Real, procedeu à abertura à exploração pública do troço de caminho‑de-ferro entre Coimbra e Lousã. Partindo da Estação de Coimbra, percorria a Av. Navarro em direção à Portela, onde atravessava o Mondego numa ponte de 200 m, seguia pelo vale do Ceira que transpunha numa ponte de 40 m, entrando no vale do Eça, seguindo até Miranda do Corvo, passando o viaduto da Tremoa, de 25 m e quatro pontes sobre o Eça. Entre Miranda e Lousã, a linha seguia a serra, passando o rio S. João na Lousã, sobre uma ponte de 20 m. A conclusão da linha verificou‑se em 10 de agosto de 1930 com a abertura do troço entre Lousã e Serpins. CRONOLOGIA BREVE 1877-09-10 · Concedido à Firma Fonsecas, Santos & Viana a construção e exploração de uma linha de via reduzida de Coimbra a Arganil. 1888-11-08 · Organizada a Companhia do Caminho de Ferro do Mondego responsável pela construção e é autorizada a alterar a bitola da via para 1,67 m. 1889-01-11 · Portaria aprovando o projeto definitivo da linha. 1897-02-18 · Decretada a falência da Companhia, passando a gerência da mesma a ser exercida pelo Conselho Fiscal. 1904-11-22 · Contrato com a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses para a conclusão e exploração da linha. 1906-12-16 · Abertura à exploração pública do troço de caminho de ferro entre Coimbra e Lousã. 1930-08-10 · Conclusão da Linha verificou-se em com a abertura do troço entre Lousã e Serpins. 1990 (Década de) · Apresentado o projeto do Metro Mondego, isto é, a transformação do ramal ferroviário numa linha de metropolitano de superfície. 1999-12-21 · Apresentação das Allan renovadas para o ramal.

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