Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO

VALE DO PESO MARVÃO–BEIRÃ CASTELO DE VIDE ESTAÇÃO DE VALE DO PESO E ESTAÇÃO DE CASTELO DE VIDE O programa funcional do edifício de passageiros da Estação de Vale do Peso foi semelhante ao da estação colateral, Castelo de Vide e os respetivos projetos arquitetónicos refletem os mesmos princípios formais: planta retangular simples, de volume único, com cobertura em telhado de duas águas, com revestimento em telha marselha de barro vermelho e beirais em telha de canudo, sem presença de chaminés, caleiras ou tubos de queda. As fachadas estão rebocadas e pintadas de branco com socos pintado de ocre, flanqueadas por cunhais apilastrados de aresta viva, pintados também de ocre, tendo falsos capitéis rematados a telha de aba e canudo e remates em cornijas. As fachadas laterais são rasgadas por portas e janelas de vergas retas com molduras em cantaria de granito bujardado; as fachadas laterais têm remates em empena e um pequeno óculo central em cada uma; as fachadas viradas à linha têm composição simétrica de vãos, com quatro portas, as centrais marcadas pela cornija que se interrompe e eleva sobre a cobertura para formar um frontão onde figuram os nomes das duas estações. Em 1948, a estação de Castelo de Vide conquistou o 3º lugar no concurso Estações Floridas, instituído em 1941, para premiar os jardins das estações de caminho‑de‑ferro, no tempo do Estado Novo, através do SPN – Secretariado da Propaganda Nacional (em 1944 passou a intitular-se SNI - Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo). ESTAÇÃO DE MARVÃO–BEIRÃ O edifício de passageiros tem autoria do arquiteto Perfeito de Magalhães. Apresenta três corpos, o central mais elevado, de dois pisos, marcado pela profusão de telhados e beirais, com os vãos principais protegidos por alpendres sobre estruturas de madeira, cobertura da plataforma de passageiros assente pilares de granito, munidos de bases elevadas e de capitéis, e em arcos de volta perfeita; em elementos arquitetónicos, como molduras de vãos, pilares e arcos em granito bujardado. Enquanto estação fronteiriça possui restaurante, em edifício autónomo, de destacada proporção, disposto em dois pisos, com ampla cobertura sobre alpendre virado às linhas‑férreas, apresentando lambril de azulejos enxaquetados de cor verde e branca. O edifício de passageiros originalmente teve lambris exteriores também decorados com azulejos enxaquetados nas mesmas cores.

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