Rotas dos Azulejos - Travessia Ferroviária Norte-Sul

António Costa Pinheiro Moura, Alentejo, 6 de janeiro de 1932 - Munique, 9 de outubro de 2015. Pintor Viveu e trabalhou entre Munique e Quelfes, no Algarve. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Estudou pintura e gravura na Academia de Belas Artes de Munique, com Geitlinger e Thiermann. Entre 1960-62 foi membro do KWY. Realizou as séries “Reis de Portugal” (1964/66), “Citymobil” (1967/75), “O Poeta Fernando Pessoa” (1974/81) e “La Fenêtre de ma tête” (1983/89), que o projetaram internacionalmente e mereceram o melhor acolhimento da crítica e das instituições alemãs. A Fundação Calouste Gulbenkian dedicou-lhe duas exposições retrospetivas, em 1981 e 1989, e o Centro Cultural de Belém uma, em 2001, onde foi reconhecido como um dos mais significativos artistas visuais da segunda metade do séc. XX em Portugal. Foi distinguido com diversos Prémios: Prémio Burda de Pintura, Haus der Kunst, Munique (1966); Prémio de Pintura da Cidade de Munique (1967); Prémio de Pintura BPA, SNBA, Lisboa (1967); Menção Honrosa do Prémio da Crítica, Lisboa (1969); Prémio da Fundação E. Reuter para o projeto Citymobil (1967/75); Prémio de Gravura da “Intergrafik 80”, Berlim (1980); Prémio de Gravura da II Bienal de arte de Vila Nova Cerveira (1980); Prémio Nacional de Pintura AICA/SEC, Lisboa (1982); Grande Prémio Amadeo de Souza-Car- doso, Amarante (2001). A sua colaboração com a Galeria Ratton Cerâmicas inicia-se em 1994 com a exposição de azulejos “Ladainha para um Rei”. Com produção Ratton realiza várias intervenções em azulejo e, em 2007 uma intervenção em azulejo na Estação Ferroviária de Palmela A. Encontra-se representado em várias coleções públicas e privadas nacionais e internacionais, com particular destaque para a Alemanha. in Galeria Ratton | Ratton Cerâmicas Bartolomeu Cid dos Santos Lisboa, 24 de agosto de 1931 - Londres, 21 de maio de 2008 Pintor Estudou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1950-56) e na Slade School of Fine Arts, em Londres. Entre 1961 e 64 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Londres, aí fixando residência. Desde essa data até à sua reforma, em 1996, foi professor da Slade School of Fine Arts, onde dirigiu o Departamento de Gravura. Foi também professor visitante em várias escolas: Universidade de Wisconsin, Madison; Brage Konstkollan, Umea, Suécia; National College of Art, Lahore, Paquistão; Academia de Artes Visuais Macau; Osnabruck. Foi Emeritus Professor in Fine Art da Universidade de Londres, Fellow do University College London e membro da Royal Society of Painter Printmakers. Figura cimeira da Gravura em Portugal, Bartolomeu dos Santos realizou várias obras de Arte Pública, donde se destacam as intervenções em pedra para a Estação Entrecampos do Metropolitano de Lisboa, para a Estação de Nihonbashi do Metropolitano de Tóquio e para o Museu de Macau. Tendo realizado ao longo da sua carreira mais de 80 exposições individuais, tanto em Portugal como no estrangeiro, e participado em cerca de 200 exposições coletivas, em 1989 a Fundação Calouste Gulbenkian organizou uma exposição retrospetiva da sua obra e em 2001 foram-lhe dedicadas mais duas retrospetivas, no Centro Cultural de Cascais e na Galeria do London Institute, em Londres. Em 2009, Jorge Silva Melo realiza o documentário “Bartolomeu Cid dos Santos. Por terras devastadas”, com imagens de arquivo e depoimentos de Paula Rego, Helder Macedo, Valter Vinagre, entre outos. Está representado em importantes Coleções Públicas. É autor de obra azulejar nas Estações Ferroviárias da Reboleira e do Pragal. in Galeria Ratton | Ratton Cerâmicas Andreas Stocklein Essen, Alemanha, 1957 Vive e trabalha entre Lisboa e Setúbal. Viveu até 1962 em Luanda, regressando depois à Alemanha, onde frequenta, entre 1977 e 1983 a Academia de Belas Artes de Dusseldorf. Em 1982 dedica-se à pesquisa no âmbito da Landart na Serra da Arrábida. Já a residir em Portugal, inicia em 1983 a aprendizagem de técnicas de azulejaria, trabalhando em restauro e reprodução do azulejo tradicional na empresa Azularte em Lisboa. Em simultâneo com a atividade de restauro desenvolve formas de expressão própria sobre azulejo. Realiza a sua primeira exposição individual em 1984. Em 1988, instala o seu atelier em Setúbal, onde desenvolve o seu trabalho enquanto ceramista e pintor. É representado pela Galeria Ratton desde 1992, com quem colabora e onde expõe regularmente. Recebeu o Prémio Jorge Colaço de Azulejaria 2000 com a Galeria Ratton pelo trabalho na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 2017 recebe, em conjunto com a Galeria Ratton, o prémio SOS Azulejo de melhor obra artística pela intervenção no ‘Túnel do Quebedo’ em Setúbal. No ano seguinte e no âmbito das exposições Reflexos da Galeria Ratton. 1987-2018, em cinco núcleos expositivos na cidade de Setúbal, a Casa da Cultura recebe a exposição individual Zonas de Transição. É autor de obra azulejar na Estação Ferroviária de Campolide. in Galeria Ratton | Ratton Cerâmicas. 73 Artistas Plásticos - Notas Biográficas

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