Rotas dos Azulejos - Travessia Ferroviária Norte-Sul
René Ber olo Alhandra, 1935 - Vila Nova de Cacela, 10 de Junho de 2005 Pintor Fez o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio entre 1947-51, formando-se depois em pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1951-57). Em 1953 fundou, juntamente com José Escada e com Lourdes Castro a revista Ver. Participa na Exposição Geral de Artes Plásticas (1953) e no I Salão de Arte Abstracta (1954), e torna-se um dos animadores da Galeria Pórtico (1955-1957). Em 1957 mudou-se para Munique, instalando-se em Paris um ano depois, onde forma o grupo KWY, iniciando a publicação com o mesmo nome. Entre 1959-60 é bolseiro em Paris da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1960 publica “Livre Libre” (serigrafias originais) e em 1964 “Il Faut ce qu’il Faut” (serigrafias originais, com “Concillabules” de André Bal asar). Realiza os primeiros “Modelos Reduzidos” em 1966. De 1972 a 73 reside em Berlim, a convite da Deutscher Akademischer Austauschdienst. No início dos anos 1980 regressa a Portugal fixando-se no Algarve, onde reside até à sua morte. Aí, paralelamente à pintura, onde aprofunda os aspetos da narratividade e da repetição, desenvolve o seu projeto ligado à eletrónica aplicada à arte, que culminam, em 1995, na sua máquina de sons (deskoncertos de MOSIKA). Em 2000 integra a exposição “Making Choices”, realizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e o Museu de Serralves dedica-lhe uma exposição antológica. Inicia a sua colaboração com a Galeria Ratton em 2001 com a criação de trabalhos em azulejo e peças cerâmicas patentes na coletiva “KWY – as três letras que não há no alfabeto português”, no mesmo ano em que o Centro Cultural de Belém organiza uma retrospetiva do grupo KWY, em Lisboa. Produziu vários trabalhos de Arte Pública: intervenção artística em azulejo na Estação Roma do Metropolitano de Lisboa (2004) e na Estação Ferroviária de Venda do Alcaide, Palmela-A (2006), ambas com produção Ratton. Está representado em várias coleções Públicas. in Galeria Ratton | Ratton Cerâmicas Rui Mantero 1959 Ceramista, designer gráfico e ilustrador. “Estudou Arquitetura de Interiores e Design de Equipamento no IADE e Desenho de Modelo e Pintura no ARCO. Trabalhou com o Arquiteto Miguel Arruda e com António Antunes (cartunista e designer gráfico). Esta última experiência permitiu-lhe iniciar uma carreira na área das artes gráficas que, ainda hoje, se mantém. Trabalhou com o pai, Arquiteto José Mantero, como artista plástico, tendo executado diversos painéis de azulejo para o novo Aeroporto de Faro. Desde essa altura realizou inúmeras obras de arte pública (e privada), utilizando sempre a técnica do azulejo embrechado (ou alicatado) que consiste na justaposição de cacos de azulejo, cortados e colados minuciosamente.” Rogério Ribeiro Estremoz, 31 de março de 1930 – Lisboa, 10 de março de 2008 Pintor A pintura e o desenho, o design de equipamento e a gravura, assim como a tapeçaria e a cerâmica foram as principais vias expressivas de Rogério Ribeiro. Licenciado em Pintura pela Escola de Belas-Artes (1953), foi docente desta instituição entre os anos de 1971 e 1996, e coordenador do curso de Design Industrial e Equipamento. A atividade letiva estendeu-se ainda ao Ar.Co onde foi professor de Iniciação à Pintura (1981-1984). Foi membro fundador da Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (1956), tendo integrado os corpos diretivos da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1975-1979, 1984-1985). Concebeu e implementou diversos projetos para galerias e centros de arte dos quais se destaca a Casa da Cerca - Centro de Arte Contem- porânea, em Almada, que dirigiu entre os anos de 1993 e 2003. A obra cerâmica de Rogério Ribeiro iniciou-se nos anos 50 do século XX e prolongou-se até 2005. Em termos formais a sua produção em azulejos da década de 1950 foi, em parte, marcada pelas características da encomenda, verificando-se uma tendência mais figurativa no revestimento da Escola do Alto dos Moinhos, ou pelo uso da repetição no revestimento dos átrios da estação Avenida. Até à década de 1990 a sua obra parece assumir uma tendência mais abstratizante. A partir de 1996 os revestimentos cerâmicos pintados por Rogério Ribeiro caracterizam-se por um retorno a uma tendência figurativa e narrativa, a azul e branco, evocando o universo do azulejo setecentista, imbuído de uma grande carga poética. Saiba mais Saiba mais 80 Artistas Plásticos - Notas Biográficas
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