A Infraestruturas de Portugal (IP), em articulação com o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil Norte, através dos seus Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) do Porto e Vila Real, realizou, no passado dia 04 de novembro, um exercício de âmbito regional no Túnel do Marão.

O simulacro, coordenado pelo Comandante Regional Norte, focou-se na gestão de um cenário de acidente com o seguinte enquadramento:

•  No dia 4 de novembro, pelas 23:00, o Centro de Controlo de Tráfego (CCT) identifica a imobilização de um veículo ligeiro de passageiros, ocupando a via direita, junto ao Km 76,450, no sentido Vila Real/Porto; 

•  Logo após, circulava também na via da direita uma viatura pesada de mercadorias - viatura articulada de transporte de matérias perigosas - que, motivado pelo aparecimento súbito do veículo imobilizado, durante a sua ação de travagem, sofre o “efeito tesoura” e fica também imobilizado, ocupando a totalidade das vias e da berma;

•  Na traseira do veículo pesado de mercadorias circulam outras viaturas ligeiras que abrandam a marcha e acabam também por parar a marcha;

•  Devido à imobilização súbita dos veículos, surge uma viatura ligeira que embate num veículo que já se encontra imobilizado. Alguns minutos após o embate, esse veículo começa a arder (ação simulada), mas os seus ocupantes já se encontram no exterior do mesmo; 

•  Na sequência do embate anterior, surgem vários veículos que se acumulam ocupando ambas as vias, formando duas filas. No final das filas surge um novo acidente, envolvendo uma carrinha de nove lugares que colide com um automóvel; 

•  Deste acidente resultam seis feridos graves, dois feridos de média gravidade e três feridos leves;

•  Concluída a missão de socorro (safety), durante as operações de reconhecimento final (“varrimento”), o Oficial das Operações encontra um pacote suspeito, na viatura abandonada, tornando-se numa possível ameaça;

•  O Comandante das Operações de Socorro (COS) informa o Oficial de Ligação da GNR, no Posto de Comando Operacional (PCO), que assume a coordenação da operação. A operação altera da vertente safety para security, desenvolvendo-se os procedimentos necessários à supressão daquela ameaça.

•  As operações de socorro prolongaram-se cerca de três horas, envolvendo 150 operacionais dos diversos Agentes de Proteção Civil (APC) dos dois distritos – Porto e Vila Real, além de elementos do INEM e da GNR.

Em termos de objetivos para este exercício, especial destaque para o teste aos procedimentos operacionais, constantes no Plano de Emergência Interno (PEI) do Túnel do Marão e do Plano Prévio de Intervenção (PPI), na componente dos mecanismos do socorro, coordenação, ativação de meios e recursos, de resposta imediata e ainda da gestão de informação. 

Outro dos pressupostos alcançados foi o teste à articulação operacional entre a IP, o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC) do Norte, e os CDOS do Porto e Vila Real, bem como a interação operacional entre as várias entidades e APC intervenientes, e o teste à estrutura de segurança afeta ao túnel – UMIA, CCT.

Participaram no exercício, como avaliadores, elementos da ANEPC, IMT (Autoridade Administrativa) e LNEC (Entidade Fiscalizadora).