Prorrogação do prazo para reabertura da circulação entre Pampilhosa e Guarda.
A Infraestruturas de Portugal continua a trabalhar em estreita colaboração com as autarquias servidas diretamente pela Linha ferroviária da Beira Alta, tendo promovido nos dias 24 e 25 de outubro reuniões com os Presidentes de Câmara de Mortágua, Mealhada, Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Nelas, Mangualde, Trancoso, Fornos de Algodres, Guarda, assim como com representantes de Gouveia, Pinhel e Celorico da Beira nos estaleiros de Mortágua do consórcio da Comsa/Fergrupo e da Mota-Engil na Abrunhosa a Velha.
Na reunião foi apresentado o atual ponto de situação das diversas empreitadas, as características técnicas específicas dos trabalhos executados, e o plano de intervenções que está a ser delineado de modo a conseguir concretizar-se o grande objetivo de dotar a Linha da Beira Alta de um serviço de transporte ferroviário mais moderno, seguro e ambientalmente sustentável.
A Infraestruturas de Portugal informou os autarcas presentes e os seus representantes que o encerramento à circulação ferroviária do troço entre Pampilhosa e Guarda, ocorrido em abril passado, permitiu viabilizar a concretização das intervenções planeadas em segurança e com muito maior eficácia do que teria ocorrido com a linha em exploração.
Aproveitou ainda para detalhar os constrangimentos que têm impactado diretamente com a execução das empreitadas - os impactos decorrentes da pandemia Covid19, o prolongar da guerra na Ucrânia, que tem afetado fortemente o mercado da construção, designadamente no tocante à disponibilidade e prazo de fornecimento de materiais de origem ferrosa e as dificuldades sentidas pelos Empreiteiros na contratação de subempreiteiros, obrigam a constantes adequações do Plano de Trabalhos, o que contribui de forma decisiva para a necessidade de prolongar o período de encerramento à circulação ferroviária na Linha da Beira Alta.
Realça-se que estava já previsto, para 2023, o encerramento à exploração no período noturno e nos fins de semana, face à complexidade dos trabalhos.
Já no decorrer da empreitada, em setembro de 2021, a IP foi confrontada com a Declaração de Impacto Ambiental relativa à Duplicação do IP3, Coimbra – Viseu, que não validou a nova Variante a Santa Comba Dão, tendo sido antes aprovada a solução de duplicação do atual troço do IP3. Esta decisão obriga à demolição da atual obra de arte (viaduto) da Linha da Beira Alta no cruzamento com o IP3. A IP, perante a necessidade de, num futuro próximo, se ver obrigada a voltar a ter que encerrar a Linha da Beira Alta para proceder à demolição da atual obra de arte e à construção de uma nova, decidiu avançar com a execução imediata destes novos trabalhos. Neste sentido, foi incluída a demolição da atual obra de arte e a construção de uma nova, já preparada para a duplicação do IP3, na empreitada em curso entre Santa Comba Dão e Mangualde. Esta intervenção iniciou-se no corrente mês de outubro, tendo um prazo total de execução de 270 dias.
Tal facto, associado aos constrangimentos referidos anteriormente, determina que não é possível reabrir o serviço em janeiro de 2023, sendo necessário prolongar a interdição do serviço ferroviário.
A IP tem igualmente promovido a informação sobre os trabalhos de modernização junto dos Operadores Ferroviários. Relativamente ao transporte de passageiros, até à reabertura da circulação ferroviária, irão continuar a ser garantidos aos clientes da CP, os transportes rodoviários alternativos, que vão permitir às populações a manutenção de um serviço de transporte de qualidade.
Modernização da Linha da Beira Alta – Maior mobilidade, segurança e sustentabilidade ambiental
A modernização integral da Linha da Beira Alta, integrada no Corredor Internacional Norte, reveste-se de elevada importância na requalificação da Rede Ferroviária Nacional, disponibilizando às empresas e passageiros um transporte ferroviário mais eficiente nas ligações ferroviárias inter-regionais bem como na ligação a Espanha e restante Europa, promovendo:
- A melhoria das condições de mobilidade e acesso dos passageiros, através da remodelação das diversas Estações e Apeadeiros, incluindo o alteamento, alargamento e o prolongamento de plataformas;
- A redução de tempos de percurso;
- O reforço da segurança;
- Uma infraestrutura ferroviária dotada com os mais modernos equipamentos de controlo, sinalização e telecomunicações;
- A requalificação e supressão de todas as Passagens de Nível;
- O aumento da capacidade (aumento em cerca de 20% do número de comboios a circular por ano e para mais do dobro da capacidade em número de toneladas/ano);
- Uma infraestrutura ambientalmente mais sustentável.
Financiamento Comunitário
A Ação 2015-PT-TM-0395-M - Linha da Beira Alta (Pampilhosa-Vilar Formoso: Projeto e Obra, foi aprovada ao abrigo do Programa CEF (Mecanismo Interligar a Europa) com uma taxa de cofinanciamento de 85%.