A Câmara Municipal de Tondela acaba de inaugurar uma ‘bike station’ na Ecopista do Dão, um serviço de lavagem e manutenção de bicicletas, no mesmo dia em que assinou com um investidor privado um contrato de cedência para a exploração da Estação de Parada de Gonta (antiga Linha do Dão).
“Tondela, enquanto o centro da Ecopista do Dão, entre Viseu e Santa Comba Dão, e desafiada a Câmara a instalar este equipamento, encontrou-se a melhor solução, que passou por esta instalação em parceria com uma empresa do concelho”, disse Pedro Adão, vice-presidente da autarquia.
A ‘bike station’ (“estação de serviço” para bicicletas) fica ao quilómetro 24, praticamente a meio dos 50 quilómetros da Ecopista do Dão.
![Bike 2](/sites/default/files/inline-images/bike2.png)
O equipamento não está a céu aberto, está dentro de um aproveitamento de um contentor, por causa das águas. Assim, está protegido e as águas serão encaminhadas para tratamento, não se misturando com as águas da chuva”, explicou Pedro Adão.
Com um investimento de dez mil euros por parte da autarquia, o vice-presidente defendeu que “é um exemplo para o país e para as ecopistas que vão ser lançadas a nível nacional e também na região”, como é o caso da Ecopista do Vouga e da Ecopista do Mondego.
“Quase se pode dizer que daqui a uns tempos se pode ir de bicicleta para a praia da Figueira da Foz”, adiantou, aludindo aos projetos que estão em desenvolvimento entre as Comunidades Intermunicipais (CIM) de Viseu Dão Lafões e da Região de Coimbra.
Pedro Adão acrescentou que “em breve, quase se pode passar férias na ecopista, tendo em conta o contrato assinado para a exploração de um restaurante, bar e alojamento local, na antiga estação de Parada de Gonta”.
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Presente na cerimónia, o administrador da IPP, Nuno Neves, elogiou os municípios que “têm requalificado estas infraestruturas não ativas”, transformando antigos canais ferroviários desativados em ecopistas para usufruto da população. A IP Património tem “registado com agrado o incremento que tem havido no país, nos últimos anos, por parte das autarquias e das CIM no aproveitamento dos antigos ramais para os transformar em ecopistas”, disse.
Para Parada de Gonta está previsto um investimento privado de 200 mil euros de um emigrante em Inglaterra, que encontrou na estação ferroviária “o sítio ideal para investir” e, assim, “dar continuidade ao negócio da restauração” que tem no país de acolhimento.
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“Quero trazer mais vida para a zona do interior e vou montar um restaurante típico português e com um bar a auxiliar”, afirmou João Cunha. “Quero ver se consigo colocar uma antiga carruagem de comboio ao lado, para servir sumos e sopas orgânicas e, na impossibilidade de o conseguir, trarei um autocarro de dois andares da Inglaterra para o concretizar”, adiantou.
Natural de Vila Real, João Cunha resolveu investir em Tondela, onde adquiriu “uma pequena quinta para futuros negócios” e onde também quer “rentabilizar o facto de passar ali a Estrada Nacional 2 (EN2)”.
O secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, descreveu as várias obras, inclusive de manutenção, que estão a decorrer nas Ecopistas do Dão e do Vouga, e adiantou que está a ser trabalhada uma ligação à Ecopista do Mondego, no concelho de Santa Comba Dão para, no futuro, se chegar à Figueira da Foz de bicicleta.