Foi concluída a empreitada de Reabilitação dos Aparelhos de apoio e Juntas de dilatação do Viaduto da Matinha, no IC2 (A30), no Distrito de Lisboa, Concelho de Loures.
A presente intervenção, cujo investimento total foram 2.197.840,88 €, teve como principal objetivo a reposição das condições de segurança rodoviária e do nível de serviço requerido para a via, nas melhores condições de custo/benefício.
O projeto de execução deste Viaduto foi desenvolvido na sequência dos trabalhos de inspeção principal realizados, onde foram detetadas anomalias em diversos aparelhos de apoio e nas juntas de dilatação.
Foram realizados os seguintes trabalhos:
- Substituição dos Aparelhos de Apoio nos Encontros e Pilar de Transição;
- Reabilitação/Substituição dos Aparelhos de Apoio nos Pilares;
- Substituição das Juntas de Dilatação;
- Reparação de Betão;
- Reabilitação do Sistema de Drenagem.
Para a substituição dos aparelhos de apoio nos encontros, no pilar de transição (PT) e nos pilares P9A e P9C, foi necessário proceder ao levantamento do tabuleiro, recorrendo-se a macacos hidráulicos interpostos entre a face inferior da carlinga do tabuleiro e a mesa da viga de estribo do encontro ou do pilar de transição.
No caso dos pilares do Viaduto Principal, os aparelhos de apoio foram todos substituídos, com a retirada do bloco de neoprene cintado existente em cada aparelho de apoio, recolocando um novo bloco de neoprene cintado e aproveitando a estrutura metálica de travamento do aparelho.
Para isso, foi necessário proceder ao levantamento do tabuleiro, através de um sistema de levantamento com recurso a estruturas provisórias de suporte, nomeadamente com torres metálicas assentes sobre os maciços de fundação dos pilares que fizeram o suporte provisório dos macacos hidráulicos.
No caso em que, devido aos diversos condicionamentos, não foi possível utilizar o procedimento anterior, foi necessário recorrer a um “sistema de levantamento especial”, constituído por macacos hidráulicos apoiados em estruturas metálicas de suporte provisórias, pré-esforçadas contra a superfície do fuste de cada pilar através barras de alta resistência.
Quanto ao condicionamento rodoviário, foram considerados todos os dispositivos e cuidados usuais neste tipo de operações, contemplando sinalização temporária, em conformidade com a legislação aplicável, indicando a existência de trabalhos, a velocidade de circulação máxima de 50 km/h sobre toda a obra de arte. Só foi considerada a supressão de vias para a montagem de juntas de dilatação, considerando-se um planeamento para esta intervenção em 4 fases de execução, que correu durante o período de férias escolares entre o início de agosto de 2022 e 15 de setembro de 2022.
Quanto ao condicionamento Ferroviário, e uma vez que o Viaduto da Matinha localiza-se, em parte, sobre a Linha do Norte e Linha da Matinha, obrigando a cuidados especiais na execução dos trabalhos de substituição e reabilitação dos aparelhos de apoio, foi implementado um plano de trabalhos específico para a operação se poder realizar em segurança.
O processo construtivo minimizou as interferências na circulação ferroviária. O tráfego ferroviário não foi penalizado de forma gravosa, nomeadamente no que respeita à velocidade de circulação.
Todos os trabalhos que apresentaram condicionalismos ferroviários foram realizados de acordo com o previsto na regulamentação ferroviária nomeadamente IET 77 e RGS XII.
Para a realização dos trabalhos de substituição dos aparelhos de apoio nos pilares P8A, P8B, P8C, P8D, P9A, P9C, P10A, P10B, P10C e P10D do viaduto principal e dos pilares PG1 e PG2 do viaduto do Ramo G, foi necessária a interdição de via e corte da tensão elétrica (catenária).