A Infraestruturas de Portugal participou no III Fórum Corredor Sudoeste Ibérico que decorreu no dia 14 de maio, no auditório da CCDR Alentejo, em Évora.
O encontro, organizado pela Plataforma Empresarial do Sudoeste Ibérico e pela CCDR-Alentejo, procurou identificar o potencial deste Corredor e mobilizar vontades para viabilizar as infraestruturas que o tornam possível.
Estiveram presentes diversas entidades nacionais e espanholas do setor privado e público, incluindo empresários e profissionais do Alentejo, com ligação ou afinidade com o tema do Sudoeste ibérico.
Os objetivos do Fórum foram:
- Identificar o Corredor Sudoeste Ibérico como o eixo que liga Madrid a Lisboa, os Portos Atlânticos com o hinterland da Península Ibérica, Espanha a Portugal e como eixo principal da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T);
- Identificar e visualizar o potencial de desenvolvimento e crescimento económico e social dos territórios incluídos no Corredor Sudoeste Ibérico, neste caso específico do Alentejo;
- Propor datas-chave que permitam acompanhar o desenvolvimento do Corredor e que marquem novos cenários de infraestruturas/comunicação/turismo/indústria/agricultura que permitam uma transformação socioecónomica no período de 2021-2030.
A IP fez-se representar pelo Diretor de Empreendimentos, José Carlos Clemente, que integrou o painel subordinado ao tema “Expectativa das infraestruturas e de transporte” e apresentou o ponto de situação do Corredor Internacional Sul, em especial a conexão da Extremadura Espanhola pela Ligação Évora – Elvas/Fronteira, que a IP está a desenvolver e cujas obras estão em curso.
O Corredor Internacional Sul abrange entre outras intervenções na Linha de Sines, na Linha de Évora e Linha do Leste.
Este Corredor é objeto de Financiamento Comunitário com compartipação financeira no âmbito do CEF.
Os principais objetivos definidos para a criação do Corredor Internacional Sul foram:
- Assegurar a ligação ferroviária entre o sul de Portugal (portos de Sines, Setúbal e Lisboa), a zona da Extremadura em Espanha e o resto da Europa;
- Aumentar a capacidade atual de 36 comboios/dia de 400 metros para 51 comboios/dia de 750 m;
- Permitir a utilização de tração elétrica em toda a sua extensão;
- Reduzir o tempo de trajeto entre os Portos de Sines, Setúbal e Lisboa e a Fronteira;
- Melhorar condições de segurança através da instalação de sinalização eletrónica (ERTMS/ETCS e GSM-R).
Inaugurada Exposição Sobre o Ferrovia 2020
Neste Fórum foi também inaugurada uma exposição da IP dedicada ao Ferrovia 2020 - Programa de Modernização da Rede Ferroviária Nacional, localizada na CCDR-Alentejo (em Évora), com destaque para a intervenção no Corredor Internacional Sul.
No início dos trabalhos realizou-se uma visita guiada à exposição, sobre a situação atual e planos futuros, nomeadamente as ligações ferroviárias entre Portugal e Espanha, apresentada por José Carlos Clemente.
Visite aqui a exposição:
Exposição - Corredor internacional sul em debate em Évora I
Exposição - Corredor internacional sul em debate em Évora II
Além das intervenções, o Programa do Fórum abrangeu três painéis de debate: “Um corredor que une cidades e países”, “Expectativas das Infraestruturas de transportes” e “Um eixo de oportunidades para o Mundo”.
Esta abordagem é também apresentada na versão 0.2 da publicação SOI: Sudoeste Ibérico, dedicada ao potencial e às inúmeras possibilidades existentes para Espanha e Portugal se os recursos e capacidades do Sudoeste Ibérico estiverem ligados através do corredor entre Lisboa e Madrid.
A revista apresenta este “corredor universal com muitas razões para se ligar”, desde o património da UNESCO, à gastronomia, espaços naturais, água, logística, energia, indústria, energia, cultura popular, espiritualidade, desporto e ambiente entre outros, a ler... aqui.
Apresentação - Corredor internacional sul em debate em Évora