Um investimento de cerca de 6,9 milhões euros para o reforço da segurança e mobilidade.
A Infraestruturas de Portugal (IP) concluiu os trabalhos de reabilitação e de reforço sísmico da infraestrutura, considerada um ponto estratégico de acesso a Lisboa.
A empreitada, que durou cerca de um ano e meio e cumpriu o seu prazo previsto, envolveu um conjunto de trabalhos, nomeadamente:
- a implementação do reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco;
- a reparação local da estrutura;
- a reabilitação geral das pilastras P2 e P3;
- a repavimentação da camada de desgaste;
- a aplicação de proteção geral por pintura das superfícies de betão e dos elementos metálicos;
Na intervenção foram utilizadas 160 toneladas de aço e mil metros cúbicos de betão, mas a única mudança visível é a pintura recente, a grande intervenção foi feita dentro do viaduto, onde foi construída uma estrutura de reforço.
Dentro dos dois pilares que sustentam o arco sob a Avenida de Ceuta foram construídas nervuras de alto a baixo, que ligam a maciços e que, por sua vez, fazem ligação às fundações do viaduto através destas dezenas de microestacas.
As paredes foram reforçadas com estruturas de betão - diafragmas – e na zona mais frágil foram colocadas oito barras de aço cruzadas. Além disso, o tabuleiro do viaduto, até agora dividido em blocos, foi unido num único bloco de alcatrão.
Esta intervenção teve como objetivos aumentar a durabilidade da obra de arte e garantir melhores condições de conforto, segurança e de mobilidade dos milhares de automobilistas que diariamente circulam sobre o Viaduto Duarte Pacheco e também de todos os utilizadores do caminho de ferro, que cruzam sob esta emblemática infraestrutura da cidade de Lisboa.
Condicionamentos à circulação
Relativamente a condicionamentos, a maioria dos trabalhos aconteceram em período noturno, procurando minimizar o impacto na circulação rodoviária.
Durante a execução dos trabalhos foram introduzidas várias medidas para garantir a circulação rodoferroviária. Nos acessos rodoviários, implementou-se as seguintes medidas:
- introdução de 1 sistema de sinalização rodoviária com condicionamentos nas vias intercetadas;
- manutenção de 1 faixa de rodagem em cada sentido;
- introdução de chapas metálicas sobre as juntas nas zonas de realização de trabalhos de modo a permitir a circulação dos veículos;
No que diz respeito à circulação ferroviária que se cruza com o Viaduto, foram adotadas as seguintes medidas:
- implementação de 1 sistema de proteção de catenária da linha de caminho de ferro;
- adoção de medidas especiais de prevenção para mitigar os riscos associados aos trabalhos de
- reforço e da pintura do arco sobre as infraestruturas ferroviárias;
Por último, a gestão da circulação rodoviária foi devidamente articulada com as diversas entidades, nomeadamente, a Câmara Municipal de Lisboa, a Brisa, a Lusoponte, a PSP e ainda Polícia Municipal de Lisboa.
Viaduto Duarte Pacheco
O Viaduto Duarte Pacheco, com 355,10 metros de desenvolvimento entre eixos dos encontros, entrou ao serviço na década de 40 e foi projetado em 1937 pelo Engenheiro João Alberto Barbosa Carmona.
A estrutura, integralmente realizada em betão armado, divide-se em cinco partes:
- Duas passagens superiores em arco (arcos laterais), uma sobre a linha de caminho de ferro e outra sobre a Avenida do Parque Florestal de Monsanto;
- Dois viadutos com uma extensão de 85,80m entre eixos;
- Uma passagem superior central (arco central) sobre a Avenida de Ceuta.
Estima-se que o Viaduto Duarte Pacheco tenha atualmente impacto na vida de mais de um milhão de pessoas que vivem ou trabalham em Lisboa.
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