Uma iniciativa no âmbito do Ano Europeu do Transporte Ferroviário que pretendeu destacar a importância deste modo de transporte em termos de segurança, sustentabilidade e conectividade, através das novas linguagens urbanas.
No culminar do Ano Europeu do Transporte Ferroviário, e com o propósito de destacar a efeméride, foi concretizado um novo projeto de arte urbana na Estação Ferroviária de General Torres, em Vila Nova de Gaia.
A iniciativa, inscrita no programa de ações que decorreram ao longo de 2021, pretendeu tirar partido das novas linguagens urbanas, destacando a importância deste modo de transporte em termos de segurança, sustentabilidade e conectividade.
O projeto foi desenvolvido pelo artista urbano Francisco Bravo (Vírus) que optou por uma estética alegre, comunicativa, e de fácil apreensão e interpretação.
Ao longo da composição encontram-se diferentes referências representativas da ferrovia nacional e da sua história, estabelecendo uma ligação entre o passado e o futuro, assim como alguns símbolos naturais alegóricos sugerindo a viagem e a aventura, a interconexão entre a modernidade e a sustentabilidade.
O mural, impactante dada a sua dimensão, foi desenvolvido tendo particular atenção ao suporte físico e enquadramento, assegurando uma leitura coerente e proporcionada, com o objetivo de valorizar a estação e, simultaneamente, proporcionar uma relação empática entre o passageiro e o espaço, fazendo com que, nas palavras do artista, “o tempo de espera percecionado se torne mais breve.”
O artista – Francisco Bravo | Vírus
Nascido e criado no Porto, Francisco Bravo (Vírus) é um artista que marca o cenário urbano-artístico do norte de Portugal.
Desde seus primeiros passos, em 2007, desenvolveu um estilo único e distinto em busca de um equilíbrio entre texturas urbanas e elementos gráficos inspirados no design contemporâneo, novos caminhos e limites para o significado da palavra "graffiti”.
Nos primeiros dez anos de sua carreira destaca-se por elaboradas inscrições nas ruas com letras de estilo agressivo e composições complexas, que evolutivamente o conduziram a uma nova dinâmica e à necessidade de mudar.
O ano de 2007 marca um ponto de viragem na sua forma de ver a escrita do “graffiti”, a forma de pensar e o mais importante, o seu estilo. Desde então, o artista busca constantemente novas formas e métodos para desenvolver os seus trabalhos, estabelecendo uma ponte entre uma pintura expressiva e gráfica. Entre o “graffiti” e a arte de rua.
Nota: O presente trabalho foi integralmente desenvolvido sob supervisão da IP e em rigoroso cumprimento das regras de segurança ferroviária.